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25 de abr. de 2012

Coleta umidade do ar e produz água, mesmo no deserto

Turbina eólica criada pela companhia Eole Water tem a capacidade de coletar a umidade do ar. A turbina, que está em fase de testes no deserto de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, poderá acumular até mil litros de água por dia.


Funciona da seguinte maneira: a turbina eólica alimenta todo o sistema. O ar entra pelas aberturas do cone frontal e é aquecido. O vapor assim gerado passa por um compressor de refrigeração, que condensa a umidade. A água coletada é então enviada através de tubos para tanques de armazenamento de aço inoxidável, onde é filtrada e purificada.


O protótipo está em funcionamento desde outubro de 2011, no deserto de Abu Dhabi, e tem a capacidade de produzir 500 a 800 litros de água limpa por dia. No entanto, a companhia diz que é possível aumentar o rendimento e chegar a até mil litros diários.
Via Tecnabob (plotado por L J Maia)

22 de abr. de 2012

Quem são os homens e mulheres que querem o poder?


Não dá para generalizar. Há de tudo no desfile dos candidatos.
Mas... há um desfile: a característica comum a todos é que estão lá, se apresentando.
E por que estão lá?
Novamente, há de tudo nas motivações.
E o próprio desfile, por que acontece?
É porque assim está desenhado o nosso atual sistema político.
Os protagonistas nominais do desfile são aqueles escolhidos pelos Partidos constituídos - que são as únicas corporações detentoras do direito de indicar postulantes a mandatos políticos -, pela ordenação legal ora vigente. Esse tipo de desenho, que subordina o cidadão à chancela de um desses grupamentos, faria sentido se estes pudessem ser responsabilizados pelas escolhas que fazem, pela qualidade de quem indicam. Não o sendo, na prática servem para tudo, menos para filtrar os bons candidatos e produzir um desfile só de elementos qualificados.
Há outros tipos de desenho.
A Islândia produziu um inovador. Lá, para se escolher os membros de uma Assembléia Constituinte, o critério foi o da indicação pelos cidadãos. Os que obtiveram um determinado número mínimo de indicações formaram o grupo dos que estavam aptos, e dentre eles foram eleitos os deputados constituintes, por sufrágio universal.
Nos Estados Unidos, começou em 1894 a despartidarização das eleições municipais e a profissionalização da gestão das cidades, com a subsequente (a partir de 1898) introdução de ferramentas de democracia direta, como leis de iniciativa popular, referendos, impeachment e recall (confirmação, ou não, do dirigente eleito, no decorrer do mandato).
Há, portanto, alternativas ao nosso circo de horrores, que em breve terá mais uma de suas edições.
Uma reforma política, no entanto, ainda não está no horizonte (a não ser que esteja por trás daquelas nuvens...). Então,


20 de abr. de 2012

Kitaro

Matsuri (喜多郎-祭り)
(clique aqui para ver em tela cheia)

Fernando Pessoa

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia.
E, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Genesis

Los Endos

19 de abr. de 2012

A CPI DO FIM DO MUNDO

por Nilson Borges Filho

Acendeu a luz de alerta nas hostes petistas. Provocado pelo ex-ministro José Dirceu, chefe de uma sofisticada organização criminosa – segundo o Ministério Público Federal – o deputado Rui Falcão, presidente do PT nacional,  empunhou a bandeira de que o mensalão não passou de uma farsa e que tudo foi protagonizado por Carlinhos Cachoeira, cujos interesses escusos não estavam sendo atendidos pelo governo.

Essa é a tese também defendida por Luiz Inácio Lula da Silva, para quem o mensalão não existiu. Diz o ex-presidente que o mensalão tinha um único objetivo: desestabilizar o seu governo. Por trás dessa “farsa” estariam, em cumplicidade, a oposição e o “partido da imprensa golpista”.

A ordem que vem da cúpula petista é no sentido de que essa tese seja difundida em todos os cantos do país, nas mais variadas formas de comunicação. Prevalecendo esse entendimento teríamos a seguinte situação: primeiro, que Marcos Valério nunca existiu, seria apenas uma peça de ficção; segundo, que Delúbio Lexotan Soares seria apenas uma entidade que havia baixado por uns instantes, mas que já teria passado para outro plano; terceiro, que os dez milhões de dólares que o publicitário Duda Mendonça recebeu no exterior, não é dinheiro sujo, mas uma mera contribuição do Exército da Salvação, tocado com a penúria financeira do PT; quarto, que o entra e sai de parlamentares da base aliada petista, num edifício pra lá de suspeito em Brasília, recebendo dinheiro de funcionários de Marcos Valério, não passou de ilusão de ótica; por último, que ao admitir a sua culpa como réu do mensalão e decidir cumprir pena alternativa, o petista Silvinho Land Rover estava apenas brincando de mocinho e bandido.

Não bastasse isso, tentar desqualificar o mensalão é atentar contra a lisura do inquérito policial, de menosprezar a autoridade do Procurador-Geral da República e  de desconsiderar a formação jurídica e a imparcialidade do ministro do STF, Joaquim Barbosa, que aceitou a denúncia do MPF.

Na verdade, ao defender a criação de uma CPI para apurar a movimentação de Carlinhos Cachoeira, no intuito de melar o julgamento do mensalão, o PT deu um tiro no próprio pé. Existem indícios fortíssimos de que o consórcio formado por Carlinhos Cachoeira e a construtora Delta, azeitou o caixa de campanha de cabeças coroadas do governo e da oposição, inclusive a do ex-presidente Lula. O modus operandi – como manda o figurino dos bandalhas - se dava com a utilização de laranjas, para que não desse na vista que a bufunfa estava saindo dos cofres de Cachoeira e da Delta e, originariamente, do contribuinte brasileiro.

Com a CPI mista instalada, o governo tenta agora preencher os cargos da comissão com parlamentares da sua estreita confiança, para que não haja qualquer tipo de surpresa, quando abrirem-se os envelopes das licitações em que a Delta participou e levou.

Amigos de Carlinhos Cachoeira têm afirmado que o bicheiro é uma bomba próxima de explodir, cujas fitas gravadas, que estão confinadas nos arredores de Goiânia, contêm poder de destruição incalculável. Dizem, no privado, que dos 15 milhões cobrados pelo advogado Márcio Thomas Bastos, para atuar na defesa de Carlinhos Cachoeira, apenas 5 milhões são de honorários, os outros dez milhões servirão para domesticar alguns bocudos.

17 de abr. de 2012

16 de abr. de 2012

Guerra

O filme WWII é uma montagem com imagens reais da Segunda Guerra Mundial, muitas delas raras, fruto de uma pesquisa de dois anos. Para assisti-lo, clique aqui (a segunda parte está linkada na coluna lateral da página de destino). 




13 de abr. de 2012

Hey Jude

Karaokê gigante em Trafalgar Square

Reinaldo Azevedo


O artigo inteiro está primoroso. Segue um trecho:

"O lobo troca de pelo, mas não de vício. José Dirceu já mudou de cara, mas não de espírito. Quando na oposição, tentava inviabilizar governos eleitos democraticamente. Quando no governo, tentou — e tenta ainda — inviabilizar a democracia. Sob sua inspiração e com o apoio de Luiz Inácio Apedeuta da Silva, a Executiva Nacional do PT aprovou ontem um documento em que acusa a associação de setores da imprensa com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e pede “marco regulatório” para a mídia — entenda-se: censura à imprensa.

Eles nunca desistiram desse propósito. A ameaça estava no Plano Nacional dos Direitos Humanos e jamais deixou de frequentar as ilusões dos petistas. Repudiada pela sociedade, a proposta é agora ressuscitada, com o apoio de Lula, o frenético trabalho daquele que o Procurador Geral da República chama “chefe de quadrilha” e a propaganda da rede na Internet financiada com dinheiro público. É a formação de quadrilha contra a liberdade de imprensa.

Podem espernear à vontade. Não deixaremos que cobrem propina por aquilo que a Constituição nos dá de graça: a liberdade de expressão, a liberdade de opinião, a liberdade de informação. De graça hoje! Mas essas conquistas custaram o esforço de gerações de brasileiros que lutaram pela democracia. Não é o caso de Dirceu! Não é o caso de alguns de seus companheiros. Sonhavam e sonham com a ditadura do partido único, com um país tutelado pelos companheiros, com um regime infenso aos controles que só a democracia proporciona, com uma Justiça independente e uma imprensa vigilante.

Pouco antes de deixar o poder, Lula anunciou que se dedicaria à tarefa de demonstrar que o mensalão tinha sido uma invenção da oposição para desestabilizar o seu governo — a velha tese do “golpe”, criada por intelectuais do PT, vigaristas em essência. Intelectual da academia que tem partido é como juiz de futebol que torce por um dos times em jogo; é um farsante. Adiante. Eis aí. O caso Cachoeira, tudo indica, estava sendo gestado de longa data — tanto é assim que o senador Demóstenes Torres vinha sendo monitorado havia muito tempo. Mas eis que surge um bom momento para detonar a crise.

Ocorre que ela pega em cheio algumas figuras graúdas do PT, como o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz — já defendido por Dirceu do modo como Dirceu sabe defender as suas causas: com unhas e dentes. Tenho pra mim que, a esta altura, Lula está disposto, se preciso, a entregar Agnelo na bandeja se achar que pode ganhar a guerra da opinião pública e fazer com que se volte contra o que resta de oposição no país. É parte, em suma, do trabalho de construção do Partido Único. Se tiver que ceder um peão, para usar a linguagem do Apedeuta (e de Hitler… Que coincidência!), tudo bem!

Na guerra suja, vale tudo. Não é por acaso que um dos alvos seja a imprensa. Não chega nem sequer a ser original. Neste momento, estão empenhados nessa mesma luta os governos da Venezuela, do Equador, da Bolívia, da Argentina, da Nicarágua… Todos eles, com mais ou menos ênfase orbitando em torno dos mesmos valores, cuja síntese pode ser esta: em vez de uma sociedade que controle o estado, como é próprio das democracias, um estado que controle a sociedade, como é próprio das ditaduras.

Mas, afinal de contas, o que quer essa gente? É simples! Roubar dinheiro público sem ser incomodada por ninguém. E só me resta assegurar: continuarão a ser incomodados enquanto o Brasil for uma democracia!

Foi Roberto Jefferson, então uma das cabeças coroadas da base governista, quem denunciou o mensalão, em junho de 2005. A partir de algumas informações que ele forneceu em entrevista à Folha, a imprensa deu início a um trabalho de investigação, também empreendido pela ala honesta da CPI. O que se revelou foi a maior teia criminosa jamais montada no país para assaltar os cofres, mas também, atenção!, para fraudar os fundamentos do estado de direito. Nem o dinheiro que pagou o marqueteiro de Lula era limpo, é bom lembrar!

Esses patriotas não se conformam que suas tramoias para fabricar dossiês sejam denunciadas; que o bunker montado por Erenice Guerra na Casa Civil tenha sido violado; que as consultorias de Antonio Palocci tenham sido trazidas à luz; que a roubalheira no Ministério dos Transportes tenha sido evidenciada; que as lambanças no Ministério do Esporte tenham sido detalhadas; que a rataiada entocada no Ministério da Agricultura tenha sido encontrada; que os descalabros no Ministério do Trabalho tenham sido escancarados; que a governo paralelo do “chefe de quadrilha” que se esgueira em hotéis, numa espécie de exploração do lenocínio político, tenha sido desmascarado.

Imaginem quanto dinheiro público a imprensa ajudou a preservar da fúria desses rapaces rapazes… O jornalismo independente prejudica seus negócios, cria óbices a suas vigarices, obriga-os a ter cuidados redobrados, deixa-os tensos! É preciso pôr um freio na liberdade de imprensa para que os larápios possam, então, roubar sem freios."


11 de abr. de 2012

CADEIA PARA A OPINIÃO PÚBLICA



A popularidade de Dilma Rousseff bateu novo recorde, chegando a 77% de aprovação, segundo o Ibope.
Não dá mais para dourar a pílula. Num cenário como esse, só resta adotar a solução proposta certa vez pelo colunista Tutty Vasques: cadeia para a opinião pública.
E cadeia por vadiagem.
Os especialistas do instituto de pesquisa explicaram a principal causa do impressionante índice: a queda de ministros em série, como nunca antes na história deste país, foi entendida como uma ofensiva de Dilma contra a corrupção.
Tudo bem que a opinião pública, distraída, não tenha notado Dilma correndo atrás do próprio rabo;
Que não tenha se dado conta de que todos os esquemas podres emanavam do padrão Dilma/PT de ocupação fisiológica do Estado;
Que não tenha atinado para o fato de que o modus operandi nos Transportes, no Turismo, nos Esportes, no Trabalho e em todos os outros ninhos parasitários vinha do governo Lula – onde a “coordenadora de todos os projetos” era ela mesma, a chefe da Casa Civil: Dilma Rousseff.
Eleita presidente, o que fez Dilma? Partilhou seu governo entre esses mesmos donatários, seus velhos conhecidos.
Tudo bem que a opinião pública, muito atarefada, não tenha visto nada disso.
Curioso é que não tenha visto também figuras como Carlos Lupi, já afundadas na lama, sendo sustentadas publicamente pela dona dos 77%.
“O passado passou, gente!”, tentou encerrar Dilma, quando o caso Lupi já estava exposto em toda a sua obscenidade – inclusive com flagrante fotográfico do ministro não-governamental.
Lupi só caiu porque a Comissão de Ética da Presidência carimbou a palavra “suspeito” na sua testa. Dilma ainda tentava enquadrar a Comissão, quando surgiu a notícia de que seu protegido tivera duplo emprego público.

Nota da redação: Lupi caiu, mas a rainha da faxina jurou de morte a Comissão de Ética (da qual nunca mais se ouviu falar).
A mordaça foi providencial, porque o consultor Fernando Pimentel, por exemplo, continua tranquilo em sua vida vegetativa no ministério – sem nenhum carimbo na testa.
Nota da redação (2): quem pagou a milionária consultoria fantasma de Pimentel foi o mesmo contratante da pesquisa consagradora para Dilma.

Chega de impunidade: se a presidenta faxineira é inocente, cadeia para a opinião pública.
A alternativa é seguir a recomendação eufórica do ex-presidente petista José Eduardo Dutra, comemorando os 77% de êxito do esquema com um brado poético: “Enfia o dedo e rasga!”
Como se vê, o Brasil está em boas mãos.

6 de abr. de 2012

Mostrando o pau e matando a cobra



Uma das razões do atraso brasileiro são as escolhas erradas em relação ao que é importante e o que é prioritário, o que contribuiu para o país se especializar em combater o inimigo errado e fazer os investimentos menos capazes de superar o atraso.

Citemos dois fatos:

Fato 1.
Os bancos vêm apresentando altos lucros em seus balanços, provocando, como sempre, broncas e protestos. Um parlamentar afirmou que teria de haver um limite ético para o lucro dos bancos. Será mesmo? Valem aí duas perguntas: a) com quais critérios se poderia julgar o lucro de uma atividade empresarial? b) será que deve haver limite ético para o lucro de qualquer empresa? Um exemplo interessante: a Petrobras, sozinha e beneficiada pelo monopólio, lucrou mais do que dez grandes bancos juntos sem que os detratores dos banqueiros tenham proposto um limite ético para o lucro da Petrobras.
Analisemos o caso. O que deve ser tomado como base para se saber se o lucro é condenável ou não é apenas “a forma como ele é obtido”. Primeiro, é aceitável, e desejável, todo lucro que derive de atividade reconhecida pela sociedade como algo de valor, útil e necessária. Segundo, é inaceitável todo lucro obtido em atividade não reconhecida pela sociedade como útil e de valor ou mediante favores ou privilégios negados aos concorrentes.
Na época da inflação, o sistema financeiro chegou a representar um quinto de todo o Produto Interno Bruto (PIB), o que não é razoável, situação possível porque o organismo econômico vivia doente, sob infecção inflacionária.
O volume de atividade e de lucro dos bancos era muito superior ao valor reconhecido pela sociedade e bem maior do que internacionalmente se aceita como percentual razoável em relação ao PIB. Essa situação era condenável, mas não por culpa dos bancos, e, sim, por culpa de uma economia distorcida pela inflação e por governos perdulários.
Nesse assunto, não há que meter a ética no meio nem culpar os banqueiros, pois o responsável pela inflação mora em Brasília, nos governos estaduais e nas prefeituras. Ademais, a moral situa-se em outra ordem. Os bancos são meras empresas, que se nutrem do mercado, saudável ou doente. Os bancos são necessários em qualquer economia, mas devem estar limitados ao tamanho razoável do setor financeiro em relação ao todo. O tamanho exagerado dos bancos  vinha  da inflação e bastou que ela fosse debelada para que as atividades bancárias retrocedessem muito. Se o setor financeiro diminuiu, não foi por razões morais; foi por razões econômicas.

Fato 2.
O governo anunciou que metade da população brasileira não tem acesso a saneamento básico. Isso é tenebroso, contra o que a sociedade precisa se indignar e lutar. Os especialistas afirmam que uma criança entre zero e três anos e que sofra alguma doença derivada da falta de água tratada pode ter sua acuidade mental prejudicada pelo resto da vida. Essa criança tem sua capacidade intelectiva reduzida, fica com dificuldades para aprender e sua qualificação profissional é prejudicada.
Se é certo que a criança pode ter sua capacidade mental afetada por doenças derivadas da simples falta de esgoto e de água tratada, passando a ter dificuldades para aprender os conteúdos da educação básica, então o saneamento deveria ser elevado à condição de prioridade maior do país. Na semana em que abundaram notícias sobre o drama do saneamento básico, qual foi o grande assunto no governo? Estádios de futebol e trem bala.

Um país em que metade de sua população não tem rede de esgoto está com o futuro seriamente comprometido. É triste demais, sobretudo se esse país não for miserável, como é o caso do Brasil. Cabe perguntar: “Para onde estão indo os 40% da renda nacional que a sociedade entrega ao governo em forma de tributos?”. A revista ÉPOCA, em sua edição de 12/06/2011, ajuda a responder a essa pergunta. Em extensa reportagem, a revista mostra que somente o governo federal tem participação em 675 empresas, entre estatais que ele controla e empresas privadas das quais ele participa como sócio.
Definitivamente, no quesito de saber o que é importante e que é prioridade, o Brasil tem falhado. E não há sinais de que isso vá mudar tão cedo, apesar de a presidente Dilma Rousseff ter levantado o problema da falta de saneamento em seus debates quando era candidata. Mas, candidato é candidato, governo é governo.
por José Pio Martins, Reitor da Universidade Positivo


...


Demonstração, pela relevanta governanta:
(clique para ampliar)



Utopia do Expurgo – O que foi o comunismo?

Replicando da Ester:

“... Afinal, todas essas evocações cerimoniosas de humanismos, utopismos, universalismos serviram, na verdade, a uma monstruosa inversão da realidade, uma “ressignificação de todos os valores”, nunca antes vista. Escravizaram os trabalhadores em nome da classe operária; elevaram traição e denúncia a virtudes revolucionárias; em nome da “verdade objetiva”, da mentira fez-se ciência, e a realidade foi substituída pela ficção; eliminou-se a memória das pessoas e reinventava-se sua história, enquanto lhes assegurava estarem justamente a “fazer história”; em nome do internacionalismo, isolaram o país do mundo; em nome da liberdade e da qualificação moral, roubaram a milhões de pessoas sua liberdade e dignidade pessoal; finalmente, assassinaram com inabalável consciência limpa, centenas, milhares, centenas de milhares de pessoas, atiraram-nas em fossas comuns, toda manhã queimavam-nas em crematórios das capitais ou enterravam-nas, isoladas, na paisagem – em nome da humanidade e de seu progresso. (KOENEN, Gerd. Utopia do Expurgo – O que foi o comunismo? Ijuí/RS: Ed. Unijui, 2009, pp. 19-20

Um espanto

Prova elaborada pela FUNTEF (Fundação de Apoio à Educação, Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná), contratada sob licitação pela Prefeitura Municipal de Cambé/PR.











4 de abr. de 2012

Sugestão de Sueli Guerra ao Senador Demóstenes Torres


Senador Demóstenes Torres

      Estava esperando a poeira abaixar pra eu lhe enviar uma mensagem, mas com efeito senador, subiram muito mais poeiras do que eu imaginava.
Como pude ser tão burra em acreditar nas suas prerrogativas, nos seus discursos inflamados na tribuna do senado contra a corrupção do governo que permeia a passos largos? Cheguei a aspirar que um dia o veria candidato à presidência da República, ledo engano.
    Como pode se sujar por tão pouco, tão pouco sim senador, pois uma honra vale mais que qualquer presente. Fico imaginando como o Sr. consegue olhar na cara dos seus familiares, ou como eles estão encarando essa situação. Se eles aceitarem normalmente é porque são farinhas do mesmo saco. Se aceitarem as suas desculpas é porque o Sr. é um grande ator, como tem sido durante todos esses anos e vai conseguir engana-los com as desculpas idênticas as dos petistas. "Intriga da oposição".
Senador, pelo Sr. ser amigo do Cachoeiras, até aí morreu Neves. Quem não tem um amigo de infância que trilha pelo mau caminho?  O problema é ter levado essa amizade longe demais e aceito os seus presentes e na certa outras coisas mais, e claro que ele deve ter recebido algo de volta.
Me sinto envergonhada por um dia ter tido orgulho de suas falas, de suas atitudes no senado, mas não sinto vergonha de mim e muito menos tenho vergonha de ser honesta, pois as nulidades um dia irão deixar de prosperar, assim como a desonra e os poderes nas mãos dos maus serão aniquilados. Não aceito nenhuma vírgula do que escreveu Rui Barbosa. O bem tem que vencer o mau e aí está a sua grande oportunidade de se redimir diante do povo que um dia lhe deu credibilidade.
O senador sabe de onde vieram as denúncias, assim como todos sabemos, então é chegada a hora de jogar toda a merda no ventilador, doa a quem doer. Denuncie também, coloque em pratos limpos toda a sujeirada. Esse é o meu desafio senador. O povo está merecendo uma satisfação e essa é a grande oportunidade de se passar o Brasil a limpo. Jogue sujo também, faça como os petistas que o povo só vai se dar bem.
SueliGuerra

2 de abr. de 2012

Casal 20

Coroneleaks: Contra esta nova invasão holandesa, uma nova batalha dos Guararapes




Os holandeses do Greenpeace Internacional, que tem sede no país que é uma síntese de agressão à natureza, acabam de promover uma nova invasão ao país. O navio Rainbow Warrior foi deslocado para a Amazônia, de onde exporta mentiras para o mundo contra o nosso país. O objetivo não é mais roubar diretamente o nosso ouro e o nosso açúcar, como nos tempos de Mauricio de Nassau. A meta dos invasores holandeses, que representam a Europa que sempre explorou os recursos naturais do Brasil, é impedir que façamos o uso soberano da nossa terra. Querem impedir a aprovação do novo Código Florestal, que liberta o Brasil do jugo do fundamentalismo ambientalista implantado por Marina Silva, a serviço de interesses internacionais dos mais sórdidos. Como sempre, eles mandam barcos. Antes foram as caravelas e as naus. Agora são modernos navios dotados de alta tecnologia, pagos pelo agonegócio europeu, que teme a concorrência do Brasil. Precisamos de uma nova Batalha dos Guararapes. Que ela seja travada sem sangue e sem violência. Que os "colonizadores" sejam expulsos pela democracia, exercida pelo Congresso Nacional. Não há mais lugar para este tipo de neocolonialismo. O Brasil vai resistir e vencer, mostrando ao mundo que este país é dos Patriotas, como há 363 anos.

Nariz Gelado: O Rainbow Warrior e os novos olhos do império

O Rainbow Warrior, famoso navio do Greenpeace, agora em águas brasileiras

De fato, nada na presença do navio Rainbow Warrior em terras brasileiras – ou no discurso ecológico europeu que a sustenta - é realmente novo sob o sol. Sua origem, contudo, não está nas conquistas europeias do século XVI e XVII, mas num movimento um pouco mais tardio.

Notem que não se trata, aqui, de um exercício de nacionalismo exacerbado. É muito mais uma questão de conhecer a origem das coisas para não se cair em cantos de sereias que são mais velhos que a própria crença em sereias.

O que hoje é ecologia, ontem foi ciência aparentemente – e apenas aparentemente - desprovida de qualquer interesse financeiro. O que hoje nos é apresentado como preocupação desinteressada pela preservação do planeta, ontem se apresentava como deslumbramento puro pelo nascimento de uma ciência universal.

Desde o início do século XVIII, ao sabor de um discurso cientifico, África e América se tornaram alvos de um novo tipo de investida europeia, que pretendia descobrir novas fontes de matéria prima para a emergente demanda industrial.

Em uma das melhores obras que conheço sobre o tema, “Os olhos do Império: viagens de transculturação”, Mary Louise Pratt dá nome a este novo impulso ideológico, de caráter científico, que legitimou ação europeia dos séculos XVIII e XIX sobre zonas coloniais: “anti-conquista”.

Este novo discurso se contrapôs ao antigo sistema absolutista de conquista e libertou o imaginário europeu do caráter predatório e violento dos primeiros conquistadores para conferir às novas expedições um aspecto de inocente interesse científico.

Para Pratt, dois acontecimentos, ambos ocorridos em 1735, exerceram especial influência nesta ruptura cultural: a expedição La Condamine - primeira expedição científica à América hispânica, que pretendia definir o formato da Terra - e a publicação de O Sistema da Natureza, do naturalista Carl Linné.

Embora tenha fracassado em seu objetivo principal – seus integrantes permaneceram perdidos ao longo de uma década na selva americana - La Condamine resultou em uma série de relatos que popularizaram um novo personagem no cenário da colonização europeia: o cientista. Já a Linné, cujo sistema permitiu classificar todas as plantas existentes no planeta, coube o papel de transformar as zonas coloniais em espaços de trabalho científico.

Muito rapidamente, o sistema de Linné foi transposto para as demais áreas da ciência e, no embalo de novas expedições, financiadas por recém-nascidas sociedades científicas, a Europa ingressou numa febre de catalogação – que começa com proliferação das coleções particulares e culmina nos museus de História Natural.

Nos bastidores, porém, explica Mary Louise Pratt, o que de fato acontecia era uma associação entre interesses comerciais e científicos: estudantes de Linné eram patrocinados por companhias de comércio ultramarino e membros de expedições promovidas por sociedades científicas europeias eram orientados, secretamente, a observarem fontes de matéria-prima e oportunidades comerciais.

Então, uma nobreza de intenções camuflava o fato de que espécimes de flora e fauna, segredos de geografia e dados geológicos importantes eram catalogados para futura exploração mercantil. Da mesma forma que, hoje, o discurso ecológico abre as portas de nossa biosfera para toda sorte de ONGs sem que suas reais intenções sejam realmente conhecidas.

Se não houve “almoço grátis” para os estudantes de Linné, é preciso ser inocente ao extremo para acreditar que o há, agora, para os integrantes de organizações que dizem estar aqui para defender aquilo que não lhes pertence. Não enxergar este ambientalismo europeu que nos quer tutelar como o que ele, de fato, é – uma versão pós-moderna do neocolonialismo - significa colocar-se na posição da vítima que se deixa vitimizar repetidamente. É incorporar a insanidade como Einstein a descreveu: repetir determinada atitude na expectativa de que o resultado seja diferente.

Ter em mente que, para além do amor ao planeta, interesses menos nobres podem financiar tais ações é uma obrigação nacional que, com raras exceções, não é levada a sério por qualquer instância de poder: governo, justiça e imprensa vêm engolindo o discurso do “bom ecologista” tal qual europeus e americanos dos séculos XVIII e XIX haviam engolido o discurso do “bom cientista”.

A ausência de qualquer resistência a esta pauta ecológica - e sua consequente força hegemônica junto à opinião pública nacional – ajudam a entender o fenômeno Marina Silva. Mesmo sem qualquer proposta concreta para pontos prioritários da agenda eleitoral – saúde e segurança – Marina Silva conquistou 20 milhões de votos na última corrida presidencial carregando, tão somente, o discurso da preservação de recursos naturais. Nem mesmo uma denúncia de extração ilegal de mogno a avizinhar-se de seu círculo familiar foi capaz de abalar a imagem de protetora da natureza. O fato é que, temerosos de macular tal imagem, quase beatificada, erigida com o apoio do ambientalismo europeu, imprensa e adversários evitaram erguer o véu para revelar os interesses internacionais sob o mito.

Finalmente, retornamos à Mary Louise Pratt para observar que a retórica derivada das explorações científicas dos séculos XVIII e XIX, era, sobretudo, “um discurso urbano sobre mundos não urbanos, um discurso burguês e letrado sobre mundos não letrados e rurais”, que acabava qualificando qualquer formação social que fugisse aos moldes europeus – em especial, àquelas preocupadas, prioritariamente, com sua subsistência - como atrasada, infantil e incapaz de gerir seus próprios recursos. O que, em tese última, legitimava uma intervenção europeia.

Qualquer semelhança com o discurso ecológico que o chamado mundo desenvolvido, suas ONGs e seus representantes nacionais hoje nos impõem, portanto, não é mera coincidência – e muito menos novo. O que o Rainbow Warrior e o Greenpace nos dizem, tal qual nos diziam os relatos científicos de outrora, é que somos incapazes de cuidar dos nossos próprios recursos. Mensagem, aliás, replicada por todas as organizações internacionais que querem interferir sobre o modo como desmatamos, plantamos ou usamos nossos recursos hídricos.