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30 de dez. de 2013

Teoria precisa


Como era (e continua sendo) o diagrama esquemático da 8-hidroxiquinolina:
E como foi fotografada por pesquisadores chineses:

20 de dez. de 2013

Síntese


O "descamisado" vê o "governo humanitário" como aquele que quer salvá-lo...


... mas não vê que este poderia, se quisesse, dar-lhe condições de subir por seus próprios méritos.

17 de dez. de 2013

Sobre o aquecimento global e outras farsas...



... vale uma leitura do post Um frio inconveniente.

Sombra da lua

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Quando presenciamos um eclipse solar, a lua bloqueia o sol. Mas, a partir do espaço, se olharmos para o nosso planeta, o evento assume uma perspectiva totalmente diferente – vemos uma mancha estranha no globo, a sombra da lua que cai na superfície do planeta. A imagem revela por que nem todo mundo na Terra é capaz de ver qualquer eclipse solar total – a sombra cobre apenas parte do planeta, e você tem que estar perto do centro da sombra para vê-lo. Durante um eclipse solar, a sombra da lua se move através da superfície da Terra a cerca de 2.000 quilômetros por hora. Esse eclipse ocorreu em 11 de agosto de 1999, e foi um dos últimos registrados a partir da estação espacial russa Mir.

Cristais ultrapuros são montados com DNA


Os cristais podem ser feitos de praticamente qualquer material, de acordo com a aplicação que se tem em vista. 


Cristais com DNA

É possível fabricar diamantes e outros cristais artificiais, desde que se tenha à disposição equipamentos de altíssima pressão, ou se use explosivos.

Evelyn Auyeung e seus colegas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, descobriram uma forma muito mais sutil e controlada de fazer o mesmo.

O grupo descobriu que é possível usar moléculas de DNA para guiar nanopartículas e fazer com que elas se transformem em cristais perfeitamente ordenados.

"Cristais são a espinha dorsal de muitas coisas das quais dependemos - diamantes para joias e aplicações industriais, safiras para lasers e silício para a eletrônica," explica o professor Chad Mirkin, orientador do grupo.

O problema é que geralmente dependemos de coletar esses cristais na natureza, purificá-los e conformá-los a cada aplicação.

Seguindo o princípio básico da nanotecnologia, o grupo se propôs a construir os cristais de baixo para cima.
Para isso, eles desenvolveram uma técnica que usa nanopartículas como se fossem átomos, moléculas de DNA para fazer as ligações e um pouco de calor para formar os monocristais.


Automontagem de cristais

As moléculas de DNA guiam as nanopartículas para formar a rede atômica ordenada do cristal.

As nanopartículas e as moléculas de DNA são postas em solução, ligeiramente aquecidas e depois deixadas para resfriar. O resfriamento lento encoraja as fitas de DNA a encontrarem seus complementos, unindo as nanopartículas para formar cristais.

Partindo de uma fita específica de DNA, é possível prever com precisão o formato do cristal que resultará da automontagem das nanopartículas, o que possibilita um nível de controle sem precedentes sobre o resultado final - o cristal pode ser projetado segundo a aplicação.

Os monocristais são extremamente puros e têm uma rede cristalina contínua e sem defeitos.

A ausência de defeitos nos cristais - qualquer que seja o elemento de que são formados - pode dar a eles propriedades ópticas, mecânicas e elétricas únicas.

"Nosso método pode levar a novas tecnologias e mesmo abrir o caminho para novas indústrias, da mesma forma que a capacidade para crescer silício em arranjos cristalinos perfeitos tornou possível a indústria multibilionária dos semicondutores," prevê Mirkin.


Janela inteligente distribui luz do Sol


A nova tecnologia permite iluminar também ambientes internos.


Luz inteligente

Quando o Sol incide sobre uma janela comum, a parte interna do ambiente não é afetada diretamente, enquanto a parte mais próxima da janela fica com luz demais, geralmente forçando a fechar as persianas e deixar tudo escuro.

Anton Harfmann e Jason Heikenfeld, da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, incomodaram-se justamente com esse dilema e criaram uma solução para ele que batizaram de SmartLight - "luz inteligente", em tradução livre.

A técnica consiste em uma série de minúsculas células eletrofluídicas e uma série de dutos vazios que espalham a luz do Sol de forma controlada, levando a iluminação natural para a parte mais interna do ambiente e diminuindo o excesso de luz nas proximidades da janela.

Segundo os dois pesquisadores, a tecnologia pode ser aplicada a qualquer tipo de edificação, de pequenos apartamentos a prédios comerciais.

Células eletrofluídicas

As células eletrofluídicas, cada uma medindo apenas alguns milímetros quadrados, conduzem pelos microcanais um líquido com propriedades ópticas especiais, similares às do vidro.

A tensão superficial do fluido pode ser rapidamente manipulada para formar lentes ou prismas, controlando a passagem da luz pela célula e permitindo dirigir a luz.

Uma janela com a tecnologia SmartLight consome entre 10.000 e 100.000 vezes menos energia do que uma lâmpada convencional, o que permite que as células eletrofluídicas sejam alimentadas por células solares incorporados na própria estrutura.

Os pesquisadores agora estão trabalhando em um aplicativo que permita que a luminosidade seja controlada à distância, por um sistema sem fios.


16 de dez. de 2013

Você sabe o que é MAV?


por Demetrio Magnoli

Inventada no 4º Congresso do PT, em 2011, a sigla significa Militância em Ambientes Virtuais. São núcleos de militantes treinados para operar na internet, em publicações e redes sociais, segundo orientações partidárias. A ordem é fabricar correntes volumosas de opinião articuladas em torno dos assuntos do momento. Um centro político define pautas, escolhe alvos e escreve uma coleção de frases básicas. Os militantes as difundem, com variações pequenas, multiplicando suas vozes pela produção em massa de pseudônimos. No fim do arco-íris, um Pensador Coletivo fala a mesma coisa em todos os lugares, fazendo-se passar por multidões de indivíduos anônimos. Você pode não saber o que é MAV, mas ele conversa com você todos os dias.

O Pensador Coletivo se preocupa imensamente com a crítica ao governo. Os sistemas políticos pluralistas estão sustentados pelo elogio da dissonância: a crítica é benéfica para o governo porque descortina problemas que não seriam enxergados num regime monolítico. O Pensador Coletivo não concorda com esse princípio democrático: seu imperativo é rebater a crítica imediatamente, evitando que o vírus da dúvida se espalhe pelo tecido social. Uma tática preferencial é acusar o crítico de estar a serviço de interesses de malévolos terceiros: um partido adversário, "a mídia", "a burguesia", os EUA ou tudo isso junto. É que, por sua própria natureza, o Pensador Coletivo não crê na hipótese de existência da opinião individual.

O Pensador Coletivo abomina argumentos específicos. Seu centro político não tem tempo para refletir sobre textos críticos e formular réplicas substanciais. Os militantes difusores não têm a sofisticação intelectual indispensável para refrasear sentenças complexas. Você está diante do Pensador Coletivo quando se depara com fórmulas genéricas exibidas como refutações de argumentos específicos. O uso dos termos "elitista", "preconceituoso" e "privatizante", assim como suas variantes, é um forte indício de que seu interlocutor não é um indivíduo, mas o Pensador Coletivo.

O Pensador Coletivo interpreta o debate público como uma guerra. "A guerra de guerrilha na internet é a informação e a contrainformação", explica o deputado André Vargas, um chefe do MAV. No seu mundo ideal, os dissidentes seriam enxotados da praça pública. Como, no mundo real, eles circulam por aí, a alternativa é pregar-lhes o rótulo de "inimigos do povo". Você provavelmente conversa com o Pensador Coletivo quando, no lugar de uma resposta argumentada, encontra qualificativos desairosos dirigidos contra o autor de uma crítica cujo conteúdo é ignorado. "Direitista", "reacionário" e "racista" são as ofensas do manual, mas existem outras. Um expediente comum é adicionar ao impropério a acusação de que o crítico "dissemina o ódio".

O Pensador Coletivo é uma máquina política regida pela lógica da eficiência, não pela ética do intercâmbio de ideias. Por isso, ele nunca se deixa intimidar pela exigência de consistência argumentativa. Suzana Singer seguiu a cartilha do Pensador Coletivo ao rotular o colunista Reinaldo Azevedo como um "rottweiler feroz" para, na sequência, solicitar candidamente um "bom nível de conversa". Nesse passo, trocou a função de ombudsman da Folha pela de Censora de Opinião. Contudo, ela não pertence ao MAV. Os procedimentos do Pensador Coletivo estão disponíveis nas latas de lixo de nossa vida pública: mimetizá-los é, apenas, uma questão de gosto.

Existem similares ao MAV em outros partidos? O conceito do Pensador Coletivo ajusta-se melhor às correntes políticas que se acreditam possuidoras da chave da porta do Futuro. Mas, na era da internet, e na hora de uma campanha eleitoral, o invento será copiado. Pense nisso pelo lado bom: identificar robôs de opinião é um joguinho que tem a sua graça.

Holodomor – O Holocausto Ucraniano

por Roberto Barricelli


Em 1929, sob o comando de Joseph Stalin, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) iniciou uma campanha de coletivização forçada sobre as propriedades rurais, principalmente na Ucrânia, cujo sentimento nacional era considerado um perigo real aos interesses comunistas.

Primeiro todos os Kulaks (fazendeiros donos de quantidade expressiva de terras) foram declarados sabotadores e inimigos da União Soviética. Após isso, o Governo iniciou sua campanha para colocar os camponeses contra esses.

Imagina a “surpresa” de Stalin ao descobrir que os camponeses eram ainda mais contra a política soviética do que os próprios Kulaks? Não pensou duas vezes e prendeu, deportou, assassinou, enfim, exterminou os Kulaks existentes, para depois utilizar o termo para qualquer camponês que cometesse o terrível crime de possuir duas vacas, plantar e colher para si, colher batatas, etc.

A coletivização forçada pretendia suprir o que o governo soviético considerava necessário em cereais para abastecer as cidades, sendo iniciada em 1929. Porém, tomou dimensões nefastas e foi utilizada como tática de extermínio. Essa ordem gerou o desestímulo à produção, pois “porque produzirei que nem um maluco, se no final tudo ficará ao Estado e passarei fome?”. Então, Stalin classificou a todos como “Kulaks sabotadores” e utilizou este discurso para legitimar de vez a coletivização forçada.

Em 1932, com a coletivização forçada já praticamente concluída e todos aqueles a quem se poderia chamar de Kulaks (pela definição criada por Stalin) mortos, presos ou em fazendas coletivas para trabalhos forçados, Stalin ordenou uma caça aos intelectuais e personalidades culturais da Ucrânia, pois via nestes a possibilidade de tornarem-se líderes naturais de uma possível resistência ao regime comunista. Após alcançar tal meta, voltou-se aos camponeses, que devido ao seu nacionalismo e tradições, deveriam ter a mente, o corpo e o espírito dilacerados.

Stalin começou propositalmente estipulando a produção de uma quantidade mínima X para abastecer as cidades, porém, a quantidade estipulada era muito acima da real capacidade de produção. Nessa época as propriedades privadas já tinham sido transformadas em enormes fazendas estatais coletivas.

Com 20 milhões de propriedades rurais privadas agora transformadas em 240 mil fazendas estatais, com os “falsos Kulaks” obrigados a trabalhar nestas e a determinação de uma produção mínima, porém maior que a capacidade de produzir, Stalin levou os ucranianos ao limite da fome e miséria humanas.

Ora, se não produziam sequer o que estava definido como necessário para o abastecimento das cidades, logo, não lhes sobrava nada para comer. A fome foi instituída pela União Soviética ao povo da Ucrânia, resultando no terrível Holodomor, em 1932-1933. Nesse curto período de tempo, devido a fome, morreram aproximadamente 6 milhões de ucranianos. Mas a situação piora e é de embrulhar o estômago.

Como obviamente a produção ficara abaixo da meta estipulada, Stalin deu ordens para seus ativistas confiscarem dos camponeses todo o cereal que estes tivessem, com a desculpa de que precisavam ficar dentro de tal meta pelo bem da URSS e de seu “povo”. Estes ativistas invadiam as casas dos ucranianos à procura de comida que estes escondiam para a própria sobrevivência. Colher o fruto do seu próprio trabalho virara crime hediondo, com penas de 10 anos, ou até de morte.

Em 1933, com a Ucrânia à beira do extermínio em massa de seu povo pela fome, Stalin aumentou a meta de produção e coleta de cereais. Foi o golpe final de Stalin sobre os ucranianos. A partir desse momento, corpos eram encontrados por todos os lugares e a loucura estava espalhada. Há documentados casos de canibalismo; imagine que crianças, idosos e outras pessoas desapareciam “misteriosamente”, mas na verdade foram assassinados e devorados por parentes (até Mães e Pais) e vizinhos, ou estranhos. Há relatos de pessoas devoradas vivas.

Claro que, ao longo dos anos, tentaram desacreditar os fatos, porém, documentos foram encontrados e sobreviventes contaram pelo que passaram. Até ativistas da URSS confessaram os crimes hediondos contra a humanidade. Recomendo a leitura do livro The Harvest of Sorrow (A colheita do sofrimento), de Robert Conquest, onde visualizarão os horrores do Holodomor através dos relatos e documentos mencionados.

Voltando, os ativistas diziam a si próprios que o que faziam era necessário pelo bem do comunismo e da União Soviética, sendo legitimável o assassinato de milhões de pessoas. Se, além da fome, considerarmos outros incidentes com camponeses, provocados pela política nefasta de Joseph Stalin, no período de 1930 até 1937, o número de mortos/assassinados sobe para 14,5 milhões.

Stalin acreditava firmemente que se tudo não fosse do Estado, a URSS entraria em colapso e a produção de cereais seria insuficiente para suprir as necessidades do povo. Bem, ele estava tão errado, que em 1985, com Mikhail Gorbachev no poder, nos 2% de terra privada que restara eram produzidos 30% do total de cereais. Iniciativa privada provando novamente ser melhor e mais eficaz que a socialização.

Atualmente a Ucrânia passa por fortes protestos pelo congelamento da assinatura de um acordo com a União Europeia e possibilidade de assinatura de um acordo com a Rússia, aproximação essa que nem há anos luz de distância querem os ucranianos, tamanho o trauma sofrido nas mãos do Kremlin.

13 de dez. de 2013

Reinaldo Azevedo na Folha de S.Paulo


O eixo OAB-PT-STF
13/12/2013

OAB, STF e PT resolveram se juntar contra a democracia. O tribunal está prestes a declarar inconstitucional a doação de empresas para campanhas eleitorais, aprovada em 1993, e a restringir a de pessoas físicas. Se acontecer, o primeiro e óbvio efeito será o aumento brutal do caixa dois. O sistema político voltará à clandestinidade da qual havia parcialmente saído há 20 anos e que resultou, por exemplo, no Collorgate. Essa "conspiração dos éticos" de calça curta chega a ser asquerosa. Trata-se de um truque vulgar na América Latina bolivarianizada. Na região, não se dão mais golpes com tanques, mas com leis. Usa-se a democracia para solapá-la. E o Judiciário tem sido peça fundamental da delinquência política. Se o financiamento não pode ser privado, terá de ser público. O STF, que não foi eleito para legislar, definirá que o Congresso é livre para fazer a escolha única. O "novo constitucionalismo" é só bolivarianismo com sotaque praieiro. Engana trouxas com seu jeitinho beagle de ser. Um rottweiler do estado democrático e de direito logo reage. O PT já havia tentado extinguir as doações privadas. Não deu certo. Agora a OAB, que pede a inconstitucionalidade da atual lei, serve-lhe de instrumento para o golpe togado, no tapetão. O que o partido tem com isso? Explica-se. Numa argumentação confusa, preconceituosa, Luiz Fux, o relator, vituperou contra a participação do dinheiro privado em eleições. Ele acha que o capitalismo distorce a democracia, cantilena repetida por outros. Falta-lhes bibliografia para constatar que, felizmente, a democracia é que distorceu o capitalismo. Fux sustenta que partidos com mais financiamento privado têm mais votos. Toma o efeito como causa: quem tem mais votos é que tem mais financiamento privado. Sob a lei atual, uma legenda com então seis anos de existência, o PSDB, venceu a eleição presidencial de 1994 e se reelegeu em 1998. Em 2002, perdeu para uma outra, nascida nanica em 1980: o PT. Está em seu terceiro mandato. A consequência natural do acolhimento da ADI é o financiamento público. Os petistas apresentarão uma emenda popular com esse conteúdo. É operação casada com a OAB. Como distribuir o dinheiro? Ou o critério seria o tamanho da bancada na Câmara ou o número de votos na eleição anterior. O principal beneficiado seria o PT. Uma vantagem presente e transitória seria transformada em ativo permanente. Sindicatos, movimentos sociais e ONGs já atuam como cabos eleitorais do PT, e a massiva propaganda institucional é mera campanha eleitoral disfarçada. O partido quer agora que a supremacia alcançada ao longo de 20 anos de financiamento privado impeça seus adversários de tentar o mesmo caminho. Eles se tornariam reféns do status alcançado pelo petismo. Há um aspecto adicional: partidos que têm de se financiar na sociedade obrigam-se a dialogar, a estabelecer pactos, a modular a ação segundo os valores da comunidade que pretendem governar. Se o dinheiro é garantido por um cartório, amplia-se o espaço do seu arbítrio, não o de sua independência. Fux atribuiu até a ainda pequena presença de mulheres na política ao financiamento privado. Sei. O capital é feio, sujo, malvado e machista. É um caso de falácia lógica, sintetizada na expressão latina "post hoc ergo propter hoc" - ou: "depois disso, logo, por causa disso". Dilma é presidente "apesar do capital" ou "por causa do capital"? Nem uma coisa nem outra. As duas conclusões são estúpidas. De resto, de 1994 a esta data, na vigência do financiamento privado, o número de mulheres na política aumentou. Por causa dele ou apesar dele? P.S. - "Você já elogiou o STF e agora ataca." Desculpem este modo de ser: quando gosto, digo "sim"; quando não, "não". Parece exótico?

4 de dez. de 2013

Rock Brasil

A Barca do Sol (1974)

A primeira batalha


A Barca do Sol



Bixo da Seda (1976)

Já brilhou



Bacamarte (1983)

Último entardecer



O Terço (1976)

Cabala


O vôo da fenix