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30 de out. de 2011

Solução urbanística

Lombard Street, San Francisco, California.
O que era uma rampa íngreme transformou-se num trajeto sinuoso de menor declividade e numa área verde central.
O projeto foi concebido em 1922.



Facilidade Google para busca de vôos diretos

Na página de pesquisa do Google digite a origem e o destino do vôo desejado, no formato "voo de ... para ...", conforme os exemplos abaixo:



Havendo vôos sem escalas entre as localidades escolhidas aparecerá no topo da lista, logo após os anúncios, um resultado como este:


Clicando no link que tem o sinal [+] aparecerá a lista de vôos com os horários e aeroportos de partida e chegada, a distribuição semanal e as respectivas companhias aéreas:

29 de out. de 2011

Música na internet?

O melhor site de música que já vi. A lista de opções que aparece à medida que se vai digitando converge rapidamente para o que se quer, deixando no topo as diferentes versões da mesma música. Passando o mouse por cima, aparecem as capas dos discos ou as imagens do videoclip de onde elas vieram. Clicando na que for escolhida abre-se uma janela com as imagens ou clips associados. À direita surge uma lista com músicas relacionadas, a discografia do artista, a opção por ouvir uma rádio temática, etc.
É coisa para favoritar. Aqui.

Aproveitando o embalo.
Quer "recortar" uma música em mp3?
Entre neste outro site e siga a sequência que lá está:
1- faça o upload de uma música em mp3
2- clique em play para tocar e selecione o intervalo desejado com os cursores inferiores
3- faça o download do trecho recortado

Jetman no Grand Canyon

25 de out. de 2011

Democratização da impunidade

por João Ubaldo Ribeiro

Distinto leitor, encantadora leitora, ponham-se na pele de quem tem de escrever toda semana. Não me refiro à obrigação de produzir um texto periodicamente, sem falhar. Às vezes, como tudo na vida, é um pouquinho chato, mas quem tem experiência tira isso de letra, há truques e macetes aprendidos informalmente ao longo dos anos e o macaco velho não se aperta. O chato mesmo, na minha opinião, é o “gancho”, o pé que o texto tem de manter na realidade que o circunda. Claro, nada impede que se escreva algo inteiramente fantasioso ou delirante, mas o habitual é que o artigo ou crônica seja suscitado pelo cotidiano, alguma coisa que esteja acontecendo ou despertando interesse.

Pois é. Hoje, outra vez, qual é o gancho? Quer se leia o jornal, quer se converse na esquina, só se fala em ladroagem. Roubalheiras generalizadas, desvios, comissões, propinas. Rouba-se tudo, em toda parte. Roubam-se recursos do governo na União, nos estados e nos municípios. Roubam-se donativos humanitários e verbas emergenciais destinadas a socorrer flagelados. Rouba-se material, rouba-se combustível, rouba-se o que é possível roubar. Qual é, então, o gancho? Só pode ser a ladroagem. Não há outro, pelo menos que eu veja. É o tema do dia, não adianta querer escolher outro, ele se impõe.

Hoje creio que não há um só brasileiro ou brasileira (de vez em quando eu acerto no uso desta nova regra de distinguir os gêneros) que não tenha a convicção de que pelo menos a maior parte dos governantes, nos três poderes, é constituída de privilegiados abusivos e larápios, no sentido mais lato que o termo possa ter. Já nos acostumamos, faz parte do nosso dia a dia, ninguém se espanta mais com nada, qualquer mirabolância delinquente pode ser verdade. E também já nos acostumamos a que não aconteça nada aos gatunos. Não só permanecem soltos, como devem continuar ricos com o dinheiro furtado, porque não há muita notícia de devoluções.

Ou seja, por mais que alguma autoridade nos diga expressamente o contrário, usando um juridiquês duvidoso e estatísticas entortadas, a verdade é que, no Brasil, o crime compensa. Presumo que até os assaltantes pés de chinelo tenham pelo menos a vaga percepção de que todos os poderosos roubam e, portanto, fica mais uma vez comprovado que quem não rouba é otário. Às vezes, chega a parecer que existe uma central programadora de falcatruas, pois a engenhosidade dos ladrões não tem limites e, hoje, analisar somente os golpes dados em um ou dois ministérios requereria um profissional especializado, com anos de estudo e experiência. É criado um órgão ou despesa, aparece logo uma quadrilha dedicada a furtar desse órgão ou abiscoitar essa despesa. Suspeitamos de tudo, de obras públicas a loterias, da polícia aos tribunais. Contamos nos dedos os governantes, em qualquer dos três poderes, em que ainda acreditamos que podemos confiar – e é crescente a descrença neles, bem como o cinismo e a apatia diante de uma situação que parece insolúvel e da qual, como quem cumpre uma sina má, jamais nos desvencilharemos.

Não seria de todo descabida a afirmação de que somos uma sociedade sem lei. Sob certos aspectos, somos mesmo, porque as nossas leis não têm dentes, não mordem ninguém. Mesmo na hipótese de um assassinato ser esclarecido, o que está longe da regra, estamos fartos de ver homicidas ficarem praticamente impunes por força de uma labiríntica e deploravelmente formalista rede de recursos, firulas jurídicas e penas brevíssimas. A possibilidade de, mesmo confesso, um homicida jamais ser de fato punido, a não ser muito levemente, é concretizada todo dia. Aqui matar é cada vez mais trivial e muitos assaltantes atiram pelo prazer de atirar, matam pelo gosto de matar.

Não sei em que outro país do mundo o sujeito entra numa delegacia policial levando o cadáver da vítima, mostrando a arma do crime e confessando sua autoria, para ser posto em liberdade logo em seguida, já cercado de advogados e manobras para evitar a cadeia. É difícil de acreditar, mesmo sabendo-se que é verdade documentada. Réu primário, moradia conhecida, ocupação fixa etc. e tal e o sujeito vai para casa quase como se nada tivesse acontecido, talvez até trocando um aperto de mão com o delegado, como já imaginei aqui. Ou seja, é crime, mas é mole matar no Brasil, o preço é muito em conta. E essa situação não envolve apenas os ricos, porque os outros também estão aprendendo, como foi o caso de um jovem assaltante de São Paulo, que muitos de vocês devem ter visto na TV. Apresentou-se numa delegacia espontaneamente, é réu primário, tem residência fixa etc. etc. Embora tenha posto a culpa na vítima, por esta haver reagido, confessou o crime. Foi solto logo em seguida, saindo muito sorridente da delegacia. E, se um dia vier a ser condenado, contará com um mar de recursos à sua disposição, complementados pelos benefícios a que terá direito, com a progressão da pena.

Já tive oportunidade de dizer aqui que a melhor maneira de assassinar alguém no Brasil é encher a cara, sair no carro e atropelar a vítima. Encher a cara é agravante em toda parte, mas aqui parece funcionar como uma espécie de atenuante. Fica-se discutindo se o homicídio é doloso ou culposo, se o que vale no caso é o Código de Trânsito ou o Código Penal e, no fim das contas, o que acontece é o atropelador pagar fiança, ir embora para casa e esperar, na pior das hipóteses, ser enquadrado numa dessas leis desdentadas e cumprir pena em liberdade, ou quase isso. O que, somado ao que está dito acima, leva mesmo a concluir que, entre nós, o crime compensa. E, talvez graças aos exemplos dados por parlamentares e outros governantes, estamos assistindo à democratização da impunidade, que gradualmente deixa de ser privilégio dos ricos e poderosos para se estender a todos. Tá dominado.

Charge premonitória

Preocupado, tchê !?

Lula nunca mais


Lula para sempre

por Marco Antonio Villa, O GLOBO

Luiz Inácio Lula da Silva não é um homem de palavra. Proclamou diversas vezes que, ao terminar o seu mandato presidencial, iria se recolher à vida privada e se afastar da política. Mentiu. Foi mais uma manobra astuta, entre tantas que realizou, desde 1972, quando chegou à diretoria do sindicato de São Bernardo, indicado pelo irmão, para ser uma espécie de porta-voz do Partidão (depois de eleito, esqueceu do acordo).

A permanente ação política do ex-presidente é um mau exemplo para o país. Não houve nenhuma acusação de corrupção no governo Dilma sem que ele apoiasse enfaticamente o acusado. Lula pressionou o governo para não "aceitar as pressões da mídia". Apresentou a sua gestão como exemplo, ou seja, nunca apurou nenhuma denúncia, mesmo em casos com abundantes provas de mau uso dos recursos públicos. Contudo, seus conselhos não foram obedecidos.

Não deve causar estranheza este desprezo pelo interesse público. É típico de Lula. Para ele, o que vale é ter poder. Qualquer princípio pode ser instrumento para uma transação. Correção, ética e moralidade são palavras desconhecidas no seu vocabulário. Para impor a sua vontade passa por cima de qualquer ideia ou de pessoas. Tem obtido êxito. Claro que o ambiente político do país, do herói sem nenhum caráter, ajudou. E muito.

Ao longo do tempo, a doença do eterno poder foi crescendo. Começou na sala de um sindicato e terminou no Palácio do Planalto. E pretende retornar ao posto que considera seu. Para isso, desde o dia 1 de janeiro deste ano, não pensa em outra coisa. E toda ação política passa por este objetivo maior. Como de hábito, o interesse pessoal é o que conta. Qualquer obstáculo colocado no caminho será ultrapassado a qualquer custo.

O episódio envolvendo o ministro do Esporte é ilustrativo. A defesa enfática de Orlando Silva não dependeu da apresentação de provas da inocência do ministro. Não, muito pelo contrário. O que contou foi a importância para o seu projeto presidencial do apoio do PCdoB ao candidato petista na capital paulista. Lula sabe que o primeiro passo rumo ao terceiro governo é vencer em São Paulo. 2014 começa em 2012. O mesmo se repetiu no caso do Ministério dos Transportes e a importância do suporte do PR, independentemente dos "malfeitos", como diria a presidente Dilma, realizados naquela pasta. E, no caso, ainda envolvia o interesse pessoal: o suplente de Nascimento no Senado era o seu amigo João Pedro.

O egocentrismo do ex-presidente é antigo. Tudo passa pela mediação pessoal. Transformou o delegado Romeu Tuma, chefe do Dops paulista, onde centenas de brasileiros foram torturados e dezenas foram assassinados, em democrata. Lula foi detido em 1980, quando não havia mais torturas. Recebeu tratamento privilegiado, como mesmo confessou, diversas vezes, em entrevistas, que foram utilizadas até na campanha do delegado ao Senado. Nunca fez referência às torturas. Transformou a casa dos horrores em hotel de luxo. E até chegou a nomear o filho de Tuma secretário nacional de Justiça!!

O desprezo pela História é permanente. Estabeleceu uma forte relação com o símbolo maior do atraso político do país: o senador José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney. Retirou o político maranhense do ocaso político. Fez o que Sílvio Romero chamou de "suprema degradação de retrogradar, dando, de novo, um sentido histórico às oligarquias locais e outorgando-lhes nova função política e social". E pior: entregou parte da máquina estatal para o deleite dos interesses familiares, com resultados já conhecidos.

O desprezo pelos valores democráticos e republicanos serve para explicar a simpatia de Lula para com os ditadores. Estabeleceu uma relação amistosa com Muamar Kadafi (o chamou de "amigo, irmão e líder") e com Fidel Castro (outro "amigo"). Concedeu a tiranos africanos ajuda econômica a fundo perdido. Nunca - nunca mesmo - em oito anos de Presidência deu uma declaração contra as violações dos direitos humanos nas ditaduras do antigo Terceiro Mundo. Mas, diversas vezes, atacou os Estados Unidos.

Desta forma, é considerável a sua ojeriza a qualquer forma de oposição. Ele gosta somente de ouvir a sua própria voz. Não sabe conviver com as críticas. E nem com o passado. Nada pode se rivalizar ao que acredita ser o seu papel na história. Daí a demonização dos líderes sindicais que não rezavam pela sua cartilha, a desqualificação dos políticos que não aceitaram segui-lo. Além do discurso, usou do "convencimento" financeiro. Cooptou muitos dos antigos opositores utilizando-se dos recursos do Erário. Transformou as empresas estatais em apêndices dos seus desejos. Amarrou os destinos do país ao seu projeto de poder.

Como o conde de Monte Cristo, o ex-presidente conta cada dia que passa. A sua "vingança" é o retorno, em 2014. Conta com a complacência de um país que tem uma oposição omissa, ou, na melhor das hipóteses, tímida. Detém o controle absoluto do PT. Usa e abusa do partido para fortalecer a sua capacidade de negociação com outros partidos e setores da sociedade. É obedecido sem questionamentos.

Lula é uma avis rara da política brasileira. Nada o liga à nossa tradição. É um típico caudilho, tão característico da América Hispânica. Personalista, ególatra, sem princípios e obcecado pelo poder absoluto. E, como todo caudilho, quer se perpetuar no governo. Mas os retornos na América Latina nunca deram certo. Basta recordar dois exemplos: Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón.

MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Matemáticos revelam rede capitalista que domina a economia

Gráfico mostra as interconexões entre o grupo de 1.318 empresas transnacionais que formam o núcleo da economia mundial. O tamanho de cada ponto representa o tamanho da receita de cada uma. [Imagem: Vitali et al.]

Além das ideologias

Conforme os protestos contra o capitalismo se espalham pelo mundo, os manifestantes vão ganhando novos argumentos.

Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global.

A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça.

Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global.

"A realidade é complexa demais, nós temos que ir além dos dogmas, sejam eles das teorias da conspiração ou do livre mercado," afirmou James Glattfelder, um dos autores do trabalho. "Nossa análise é baseada na realidade."

Rede de controle econômico mundial

A análise usa a mesma matemática empregada há décadas para criar modelos dos sistemas naturais e para a construção de simuladores dos mais diversos tipos. Agora ela foi usada para estudar dados corporativos disponíveis mundialmente.

O resultado é um mapa que traça a rede de controle entre as grandes empresas transnacionais em nível global.

Estudos anteriores já haviam identificado que algumas poucas empresas controlam grandes porções da economia, mas esses estudos incluíam um número limitado de empresas e não levavam em conta os controles indiretos de propriedade, não podendo, portanto, ser usados para dizer como a rede de controle econômico poderia afetar a economia mundial - tornando-a mais ou menos instável, por exemplo.

O novo estudo pode falar sobre isso com a autoridade de quem analisou uma base de dados com 37 milhões de empresas e investidores.

A análise identificou 43.060 grandes empresas transnacionais e traçou as conexões de controle acionário entre elas, construindo um modelo de poder econômico em escala mundial.

Poder econômico mundial

Refinando ainda mais os dados, o modelo final revelou um núcleo central de 1.318 grandes empresas com laços com duas ou mais outras empresas - na média, cada uma delas tem 20 conexões com outras empresas.

Mais do que isso, embora este núcleo central de poder econômico concentre apenas 20% das receitas globais de venda, as 1.318 empresas em conjunto detêm a maioria das ações das principais empresas do mundo - as chamadas blue chips nos mercados de ações.

Em outras palavras, elas detêm um controle sobre a economia real que atinge 60% de todas as vendas realizadas no mundo todo.

E isso não é tudo.

Super-entidade econômica

Quando os cientistas desfizeram o emaranhado dessa rede de propriedades cruzadas, eles identificaram uma "super-entidade" de 147 empresas intimamente inter-relacionadas que controla 40% da riqueza total daquele primeiro núcleo central de 1.318 empresas.

"Na verdade, menos de 1% das companhias controla 40% da rede inteira," diz Glattfelder.

E a maioria delas são bancos.

Os pesquisadores afirmam em seu estudo que a concentração de poder em si não é boa e nem ruim, mas essa interconexão pode ser.

Como o mundo viu durante a crise de 2008, essas redes são muito instáveis: basta que um dos nós tenha um problema sério para que o problema se propague automaticamente por toda a rede, levando consigo a economia mundial como um todo.

Eles ponderam, contudo, que essa super-entidade pode não ser o resultado de uma conspiração - 147 empresas seria um número grande demais para sustentar um conluio qualquer.

A questão real, colocam eles, é saber se esse núcleo global de poder econômico pode exercer um poder político centralizado intencionalmente.

Eles suspeitam que as empresas podem até competir entre si no mercado, mas agem em conjunto no interesse comum - e um dos maiores interesses seria resistir a mudanças na própria rede.

As 50 primeiras das 147 empresas transnacionais super conectadas

  1. Barclays plc
  2. Capital Group Companies Inc
  3. FMR Corporation
  4. AXA
  5. State Street Corporation
  6. JP Morgan Chase & Co
  7. Legal & General Group plc
  8. Vanguard Group Inc
  9. UBS AG
  10. Merrill Lynch & Co Inc
  11. Wellington Management Co LLP
  12. Deutsche Bank AG
  13. Franklin Resources Inc
  14. Credit Suisse Group
  15. Walton Enterprises LLC
  16. Bank of New York Mellon Corp
  17. Natixis
  18. Goldman Sachs Group Inc
  19. T Rowe Price Group Inc
  20. Legg Mason Inc
  21. Morgan Stanley
  22. Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
  23. Northern Trust Corporation
  24. Société Générale
  25. Bank of America Corporation
  26. Lloyds TSB Group plc
  27. Invesco plc
  28. Allianz SE 29. TIAA
  29. Old Mutual Public Limited Company
  30. Aviva plc
  31. Schroders plc
  32. Dodge & Cox
  33. Lehman Brothers Holdings Inc*
  34. Sun Life Financial Inc
  35. Standard Life plc
  36. CNCE
  37. Nomura Holdings Inc
  38. The Depository Trust Company
  39. Massachusetts Mutual Life Insurance
  40. ING Groep NV
  41. Brandes Investment Partners LP
  42. Unicredito Italiano SPA
  43. Deposit Insurance Corporation of Japan
  44. Vereniging Aegon
  45. BNP Paribas
  46. Affiliated Managers Group Inc
  47. Resona Holdings Inc
  48. Capital Group International Inc
  49. China Petrochemical Group Company
Bibliografia:
The network of global corporate control
Stefania Vitali, James B. Glattfelder, Stefano Battiston
arXiv
19 Sep 2011
http://arxiv.org/abs/1107.5728

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/index.php

13 de out. de 2011

Planeta Terra

Pangea


A evolução



As placas tectônicas



Áreas de concentração de terremotos



Dorsais oceânicas



A dorsal meso-atlântica



A dorsal meso-atlântica atravessando a Islândia



Mergulhadores na divisão entre as placas tectônicas na Islândia





A placa norte-americana à esquerda e a euro-asiática à direita

A bordo da Estação Espacial Internacional

O lado não-iluminado da Terra, do norte do Pacífico até a Antártica, num percurso de 1 minuto a ser visto e revisto em tela cheia.
Há estrelas no espaço e a tênue linha da atmosfera no horizonte. Densas iluminações urbanas, amarelas, e intensas descargas elétricas, brancas, nas nuvens de tempestade.

10 de out. de 2011

Fotos nanométricas do corpo humano

Ponta de um fio de cabelo


Neurônios


Língua - papila gustativa


Células vermelhas do sangue


Coágulo sanguíneo - presente um leucócito


Alvéolo pulmonar


Óvulo humano


Espermatozóides tentando fertilizar o óvulo


Embrião humano de 6 dias alojando-se na parede do útero

Mais um Post iluminado do Blog Vespeiro

O irmão que faltava

A democracia americana nasceu para colocar as duas grandes forças que oprimem o resto do planeta – “big government” e “big business” – sob o controle do povo.

A primeira parte da tarefa foi executada ao longo do debate publico travado através de três jornais de Nova York entre 27 de outubro de 1787 e 4 de abril de 1788 contra e a favor da criação de um governo central a ser aprovado pelas convenções dos 13 estados chamados a apreciar o projeto de Constituição Federal enviado ao Congresso.

Alexander Hamilton, John Jay e James Madison foram os autores dos 85 artigos mais tarde reunidos no que até hoje é considerado um dos maiores clássicos da teoria democrática, The Federalist Papers (compre O Federalista traduzido para o português aqui), defendendo a necessidade de um governo central e estabelecendo limites precisos para a sua atuação.

A segunda parte da tarefa começou a ser endereçada um século mais tarde quando as técnicas de gestão empresarial se aperfeiçoaram o bastante para proporcionar um crescimento explosivo das empresas daquele país que, fundindo-se umas as outras em busca de ganhos de escala, criaram monopólios com enorme poder de corrupção, contaminaram a política e quase puseram a perder a democracia americana.

Ao longo dos quase 30 anos seguintes, – as reformas da Progressive Era trataram de devolver o poder de fato aos eleitores.

O primeiro passo foi a Lei Antitruste – o Sherman Act aprovado em 1890 – que impôs limites ao poder do dinheiro, mesmo àquele legitimamente conquistado pelo mérito, proibindo o crescimento das empresas além de uma certa porcentagem do seu mercado. O sistema financeiro foi objeto de rigor especial, ficando cada banco praticamente reduzido a ter um alcance não mais que estadual.

O passo seguinte foi disciplinar o Estado através de ampla reforma do Civil Service (funcionalismo) acabando com as nomeações políticas.

E o terceiro foi a instituição de mecanismos de democracia direta como o referendo, as leis de iniciativa popular e o recall (impeachment) de funcionários públicos, que armaram os eleitores para de fato impor as novas regras do jogo aos seus representantes e aos servidores públicos.

Foram estas reformas que criaram os Estados Unidos modernos e, ao reduzir drasticamente a corrupção e o abuso do poder político, produziram em pouco mais de meio século a sociedade mais próspera da história da humanidade.

Esse aparato institucional vigorou praticamente intacto até os anos 80 do século passado quando passou a ser solapado pela revolução das tecnologias da informação.

“Direita” e “esquerda”, “conservador” e “liberal”, “republicano” e “democrata” no jargão político norte-americano, traduzem essencialmente a precedência que se dá ao “big government” ou ao “big business” como Inimigo Publico No 1 da hegemonia que “We, the people” ou “os outros 99%” devem ter, incontestável e incontrastável, sobre o sistema político dos Estados Unidos.

O que tem sido a regra no resto do mundo – a sociedade a serviço do Estado e dos “amigos do Estado” – é a exceção nos Estados Unidos. Daí a dificuldade geral do resto do mundo de compreender o que está acontecendo lá.

As grandes crises da democracia americana – e esta a que estamos assistindo é a segunda dessas proporções – se dão quando, pela força da corrupção, principalmente, esses dois inimigos tão velhos quanto os próprios Estados Unidos se dão as mãos e passam a responder mais um ao outro que a “nós, os 99%” a que se referem muitos dos cartazes que compõem os slogans do movimento Occupy Wall Street que, com algum atraso em relação ao seu par necessário, o Tea Party, levantou-se para, como ele, reivindicar o restabelecimento da soberania popular sobre o sistema.

Até mesmo essa sequência na articulação de cada um obedece ao padrão histórico.

O resto do que você tem lido sobre o caráter “revolucionário” de um ou do outro, tanto na imprensa brasileira quanto, até mesmo, na imprensa americana, são bobagens que respondem mais à contaminação de quem escreve em ambas por antiquados padrões ideológicos europeizados ou latinizados, como preferirem, que pouco têm a ver com a realidade histórica daquele país.

Como notou um comentarista do NYTimes traduzido pelo Estadão deste domingo, “nem os manifestantes de um nem os manifestantes do outro lado querem uma alternativa para o consumismo; o que eles querem é continuar sendo os consumidores“.

Abaixo o big government; vamos restaurar a liberdade individual” ou “Abaixo o big business; vamos restaurar a justiça social“, os gritos que hoje parecem dividir os Estados Unidos em dois lados de um abismo intransponível, no fundo desaguam na mesma coisa: “Toda a força de volta aos eleitores“.

Wall Street é o inimigo comum dos dois, tanto hoje quanto historicamente falando.

O Tea Party, cujas raízes estão fincadas no anti-federalismo e no anti-intelectualismo da corrente inaugurada por Thomas Jefferson (“Acredito sinceramente que os bancos são mais perigosos que exércitos em posição de combate … a especulação financeira é uma espécie de aposta que destrói a moralidade“), começou como um gemido vago contra o resgate dos banqueiros que afundaram o país com o dinheiro das suas próprias vítimas, e a cínica reação dos resgatados.

Occupy Wall Street, que ainda engatinha e não firmou uma pauta e um discurso próprios, é uma ponta da corrente democrata que pretende-se mais refinada e responde com o fígado ao que vê como a brutalidade caipira dos oponentes. Mas a questão é mais de tom que de fundo. Ele tem suas raízes na tradição de Andrew Jackson, o quarto presidente que já denunciava os bancos “essencialmente como uma trapaça para enriquecer os abastados às custas do trabalhador” e da Progressive Era (idem, ibidem). Seu inimigo principal é o aliado do momento do big government: Wall Street.

O que ambos representam, portanto, é a extensa lista das insatisfações que são consequência do desemprego e da ameaça temida por milhões de perder o trem para o sonho americano disseminadas pela crise financeira.

Com a rapidez característica da única democracia onde a estabilidade no emprego público ou político depende essencialmente de desempenho, o que a torna sempre ágil e disposta a se auto reformar, os pleitos do Occupy Wall Street não tardarão a se fixar e a se refletir no Congresso como já ocorre com os do Tea Party.

O problema é que, desta vez, a solução não depende apenas nem do establishment político, nem dos eleitores americanos.

O inchaço do sistema financeiro americano não é a causa, como parecem pensar todos os americanos, do drama que estão vivendo. É antes a consequência de um problema muito maior. Não é fruto de uma conspiração sinistra mas sim de 30 anos de recordes semanais sucessivos de fusões e aquisições entre as empresas daquele país, forçadas pela competição com os monopólios do capitalismo de Estado chinês na nova realidade de mercados de consumo e de trabalho globalizados.

Crescer ou morrer” tem sido o mote do jogo econômico nos últimos 30 anos, sob o qual sucumbiu de fato a legislação anti truste e foi sendo empurrada a aliança entre o Estado e o Capital nos Estados Unidos, costurada, sim, pelo sistema financeiro que a cada fusão ou aquisição morde a sua gorda fatia, mas não contra a vontade do povo. Ela foi, na verdade, exigida pelos trabalhadores/eleitores em pânico com a competição chinesa.

É um fenômeno planetário porque somos todos vítimas do dumping monetário e do trabalho semi escravo asiático, mas que só é novidade e causa escândalo nos Estados Unidos, o único país do mundo onde tal aliança nunca foi pacificamente admitida.

No resto do mundo essa aliança é o padrão.

Só que desta vez não ha leis nacionais – salvo as dos próprios países asiáticos – capazes de mudar essa realidade.

F 35

Best Andrew Latimer's solo ever

7 de out. de 2011

Jetman

Após cruzar o Canal da Mancha acompanhado por dois aviões biplano e voar sobre o Grand Canyon, YVES ROSSY (JETMAN) agora voou em formação com dois jatos.

5 de out. de 2011

Do blog Vespeiro: “Não comerás da árvore do conhecimento…”

Sim, houve um Big Bang (ainda)…

Mas a expansão do Universo não está desacelerando como sugeriria a existência de uma força de gravidade puxando os corpos celestes uns na direção dos outros. Ao contrário, ele está se expandindo numa velocidade cada vez maior.

E isso bagunça tudo de novo.

Existe uma força lá fora, maior que a da gravidade, empurrando na direção contrária.

E que força é essa?

O nome – provisório como tudo é hoje em dia – diz do que não sabemos: a “Matéria Escura” é a suposição do momento; uma explicação de um detalhe do todo inexplicável que, sem ela, seria ainda mais incompreensível.

Só sobre 5% do que está entre nós e o infinito nós podemos ter alguma ideia do que possa ser“, e mesmo assim, muito vaga, sujeita a mudanças de 180 graus a qualquer momento e sem aviso prévio, dizem-nos os sábios. Mas de que tamanho é essa praiazinha dos 5% se a referência do grande oceano das dúvidas é o infinito sem fim?

“Dê-me um ponto fixo no Universo e eu moverei a Terra”.

Da Terra plana ao planeta esférico; de nós no centro para nós girando em torno do nosso aquecedorzinho particular fomos razoavelmente bem. Substituir uma certeza por outra custava a revogação nem sempre barata ou indolor de uma visão de mundo, de um ideal de vida e de um modelo de organização política e social, mas sempre acabava-se por chegar à certeza seguinte e era possível construir tudo de novo.

Dos reis de cada aldeia para os reis absolutos e deles para a democracia de checks and balances imitando a Harmonia dos Mundos imaginada por Newton e sua força da gravidade houve degraus e tropeços, mas chegava-se sempre a um chão firme.

O Espaço e o Tempo permaneciam lá, fixos, indubitáveis ainda que apenas supostos.

Mas então, tudo se tornou relativo.

E logo, nem isso mais.

Deslocada para a periferia absoluta do Universo, a humanidade inteira passou a sofrer o “complexo de vira-latas”.

Desde então há uma “Primavera do Nada” rondando insidiosamente o planetazinho azul.

O que é que vale a pena se a alma é assim tão pequena?

Como construir um sistema ético se não há noção nenhuma de origem ou de destino? Como formular uma utopia neste Universo cada vez mais irresoluto? Para que construir qualquer coisa de sólido nesse ambiente de tão radical e definitiva transitoriedade?

“Tudo que sei é que nada sei”, sopram-nos daquele ontem que foi a Grécia.

E lá de trás, do paraíso imemorial da inocência perdida, aquela voz grave, um dedo em riste saindo das nuvens, ecoa:

“Não comerás da árvore do conhecimento…”

De algum jeito, nós sempre soubemos onde tudo isso ia dar.

4 de out. de 2011

Hans Liscka - Um artista alemão na II Guerra Mundial

(Clique nas gravuras para vê-las ampliadas)






















A quem interessar:
No Blog do Francisco Miranda, ex-combatente da FEB, há vasto registro fotográfico e iconográfico com a temática da II Guerra, como esta manifestação da empáfia gaulesa...