(...)
corrupção é, antes de mais nada, uma questão de qualidade da tecnologia
institucional que se usa. Tecnologia institucional funciona quando parte do
pressuposto de que a humanidade é intrinsecamente corrupta e de que é esse seu
pendor natural que é preciso cercear com métodos e organização especificamente
desenhados para serem aplicados sobre a parcela dela a quem caberá
temporariamente operar a coisa pública.
O
resto é consequência.
Dado
o arsenal de que se dispõe nessa área na prateleira internacional das
experiências concretas, o grau de ineficiência institucional brasileiro é
deliberado. É plantado e mantido assim pelos políticos para facilitar a roubalheira.
O
que falta é alguém com disposição e peito para mostrar didaticamente que o mau
funcionamento dos nossos serviços públicos é consequência direta da corrupção,
que pode ser drasticamente reduzida se mudarmos o nosso equipamento
institucional para controlar e não para incentivar a corrupção.
É
preciso drenar o brejo.
E
isso se faz com o fim da estabilidade no emprego do funcionário público, dos
fóruns especiais, o fim do poder de delegar poder (mais eleição e menos
nomeação de funcionários), a redução do espaço da política partidária aos
âmbitos estadual e federal, o controle do judiciário, prisão mais dura pro
ladrão de povos que pro ladrão de galinhas e o mais que o resto do mundo já faz.
(...)
Íntegra
aqui.
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