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17 de set. de 2012

Drenar o brejo


(...) corrupção é, antes de mais nada, uma questão de qualidade da tecnologia institucional que se usa. Tecnologia institucional funciona quando parte do pressuposto de que a humanidade é intrinsecamente corrupta e de que é esse seu pendor natural que é preciso cercear com métodos e organização especificamente desenhados para serem aplicados sobre a parcela dela a quem caberá temporariamente  operar a coisa pública.

O resto é consequência.

Dado o arsenal de que se dispõe nessa área na prateleira internacional das experiências concretas, o grau de ineficiência institucional brasileiro é deliberado. É plantado e mantido assim pelos políticos para facilitar a roubalheira.

O que falta é alguém com disposição e peito para mostrar didaticamente que o mau funcionamento dos nossos serviços públicos é consequência direta da corrupção, que pode ser drasticamente reduzida se mudarmos o nosso equipamento institucional para controlar e não para incentivar a corrupção.

É preciso drenar o brejo.

E isso se faz com o fim da estabilidade no emprego do funcionário público, dos fóruns especiais, o fim do poder de delegar poder (mais eleição e menos nomeação de funcionários), a redução do espaço da política partidária aos âmbitos estadual e federal, o controle do judiciário, prisão mais dura pro ladrão de povos que pro ladrão de galinhas e o mais que o resto do mundo já faz.
(...)

Íntegra aqui.

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