Não dá
para generalizar. Há de tudo no desfile dos candidatos.
Mas... há
um desfile: a característica comum a todos é que estão lá, se apresentando.
E por
que estão lá?
Novamente,
há de tudo nas motivações.
E o
próprio desfile, por que acontece?
É porque
assim está desenhado o nosso atual sistema político.
Os
protagonistas nominais do desfile são aqueles escolhidos pelos Partidos
constituídos - que são as únicas corporações detentoras do direito de indicar postulantes
a mandatos políticos -, pela ordenação legal ora vigente. Esse tipo de desenho,
que subordina o cidadão à chancela de um desses grupamentos, faria sentido se
estes pudessem ser responsabilizados pelas escolhas que fazem, pela qualidade
de quem indicam. Não o sendo, na prática servem para tudo, menos para filtrar os
bons candidatos e produzir um desfile só de elementos qualificados.
Há
outros tipos de desenho.
A Islândia produziu um inovador. Lá, para se escolher os membros de uma Assembléia
Constituinte, o critério foi o da indicação pelos cidadãos. Os que obtiveram um
determinado número mínimo de indicações formaram o grupo dos que estavam aptos,
e dentre eles foram eleitos os deputados constituintes, por sufrágio universal.
Nos
Estados Unidos, começou em 1894
a despartidarização das eleições municipais e a
profissionalização da gestão das cidades, com a subsequente (a partir de 1898) introdução
de ferramentas de democracia direta, como leis de iniciativa popular, referendos,
impeachment e recall (confirmação, ou não, do dirigente eleito, no decorrer do
mandato).
Há,
portanto, alternativas ao nosso circo de horrores, que em breve terá mais uma
de suas edições.
Uma
reforma política, no entanto, ainda não está no horizonte (a não ser que esteja
por trás daquelas nuvens...). Então,
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