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5 de abr. de 2010

Dilma: "... são e sempre foram o anti-Lula..."

Por que é complicado, hoje, no Brasil, ser anti-Lula?
Acaso Lula é algum suprassumo dotado de algum tipo de infalibilidade lulal?
Por que essa arregimentação fanatizada e essa prostração idólatra?
Por que essa sustentação de uma mitologia?
Por que tantos dependem de um?
Será que ele tem mesmo a chave das urnas?
Sem ele a vaca iria para o brejo?
O poder que ele exerce sobre a vontade da massa é que é o diferencial?
E qual seria a vontade da massa sem essa influência?
A massa não tem vontade definida e precisa sempre ser dirigida?
Essa direção não precisa ter um norte, atender à demanda por liderança da própria massa, em benefício desta?
É o autoconvencimento de que só "o partido" preenche esses requisitos o que justifica a desqualificação do dissenso?
Esse sectarismo e esse exclusivismo, essa loucura coletiva, deve ser tratada com tolerância até quando?
Até conseguirem destruir a estrutura impessoal do império da lei comum e substituí-la por outra, composta por uma nomenclatura de pessoas especiais?
Ou já não tínhamos mesmo uma ordenação jurídica e social forjada na impessoalidade e na igualdade, e essa falha está sendo explorada para justificar sua extinção e servir de desculpa para a implantação de outra de mesma laia, ou pior?
Na hipótese de uma nova ordenação, esta deveria ser formulada pelos prosélitos de uma visão definitiva da realidade, ou pelos adeptos de uma visão evolutiva que a dotasse de mecanismos apropriados à sua contínua e permanente transformação sem rupturas traumáticas?
O que é o interesse do povo e o que são os interesses de grupos?
Pode o Estado, que é um bem comum, virar capitania hereditária perpétua de alguns?
O que é a tirania?
Quem é o bicho-papão que a garante?
Lula?
Ou o Brasil pode mais?

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