O brasileiro satisfaz o seu velho e insuportável complexo de inferioridade, copiando o figurino político de países evoluídos, sem atentar que o modelo é grande demais para a sua pequenez cultural. Ouve falar na desenvoltura da ministra alemã, viu consolidado o regime chileno quando dirigido por mãos femininas, e acredita na caricatura de presidente como a da Argentina. Por isso, elegeu uma mulher, dura e sem ternura, que por força dos compromissos de campanha, não pode ter a independência desejada. Optou pelo modelo argentino, típico do tango passional. Marido e mulher, parceiros, sentados no mesmo trono, um pouquinho cada um, tendo o Estado à sua disposição. A Senhora Rousseff foi a primeira mulher eleita ao mais alto cargo da república brasileira. E daí? Vergonha para as mulheres, por lhe faltar o essencial, a competência administrativa. Vexame para as mulheres, por não ter postura de mandatária do país. Hoje, sentam-se no trono republicano o “ex- que não quer sair” e a desajustada Rousseff. Pelo que se percebe, através das notícias veiculadas, a anarquia no centro político do país mantém o Brasil prensado no modelo de governança de rifa entre amigos. A impressão que se tem é que o “país de todos”, não é de ninguém, está acéfalo, sem governo, sem leme, sem rumo, à deriva. Chega de dizer que a economia, copiada do mercenário anterior, vai bem. O país vai mal, porque as suas instituições básicas estão doentes, inoculadas que foram pelo gérmen corruptor petista. Brasília parou, porque um indivíduo pertencente à malta resolve enriquecer sem trabalhar e, por ser um escolhido dos deuses, nada deve em termos de explicações à justiça. Justiça? Mas que justiça? Alguém viu a justiça por ai? O novo rico, que aumentou em vinte vezes o seu patrimônio com os três pedidos ao gênio da lâmpada, assemelha-se, numa formatação tecnologicamente mais desenvolvida, ao Paulo César Faria, da triste Época Collor. Esta representou a irresponsabilidade da juventude collorida, já que o homem estaria melhor nas publicidades de cigarro, bebidas e carros. A Senhora Rousseff não tem estilo nem estampa para propagandas; arrasaria com o capital das empresas como faz com o país, ao liberar aos parceiros o direito de não dar satisfação pública do dinheiro acumulado. Não adianta, o estigma de povo sem cultura, de governos espertos, entreguistas, corruptos, está arraigado na latinidade sul-americana. No horizonte político brasileiro não se percebe a presença da Senhora Rousseff. Os acontecimentos indicam que seus “muitos amigos” vão, aos poucos, tirá-la do caminho por não saber manobrar o leme quando a maré ameaçar a doce vida dos peixes grandes. Este Gigante precisa agir, o mais rápido possível, antes que a barbárie política acabe com ele, mas é ostensiva a sua preferência em manter-se ausente do cenário das disputas por dinheiro e mais dinheiro, que a impunidade respalda. Se o Gigante não tem vontade, impossível se torna agir contra a iniquidade.
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