Meu
peito é eterna bondade-semente
da
mãe-natureza, prenhe de doces frutos,
o
sangue corrente nas veias da gente
é
o mesmo que corre nos bichos mais brutos.
Meu
peito é um rio de águas bem claras
que
o homem moderno inda não sujou,
seu
leite é o leito onde as aves mais raras
molham
as belas penas quando faz calor.
Meu
peito sacia a fome de amor
de
paz e justiça dos filhos da terra.
Bicho-homem,
perdido em intensa agonia,
Meu
peito é um bálsamo que cura tua dor.
Queria
que os meninos da rua e da guerra
mamassem
em meu peito a eterna alegria.
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