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11 de out. de 2012

Mensalão: golpe na democracia


Por Merval Pereira: Na definição do presidente do Supremo, Ayres Britto, “(...) sob a inspiração patrimonialista, um projeto de poder foi feito, não um projeto de governo, que é exposto em praça pública, mas um projeto de poder que vai além de um quadriênio quadruplicado. É um projeto que também é golpe no conteúdo da democracia, o republicanismo, que postula a renovação dos quadros de dirigentes e equiparação das armas com que se disputa a preferência dos votos”.
Já Celso de Mello analisou que o ato de infidelidade ao eleitor estimulado por venalidade governamental, além de constituir “grave desvio ético-político e ultraje ao exercício legítimo do poder”, acaba por gerar desequilíbrio de forças no Parlamento, tirando poder da oposição.



Por Reinaldo Azevedo: (...) Dirceu afirmou que a melhor resposta que se pode dar ao STF é vencer a eleição em São Paulo. Entenderam como pensa este gênio da estratégia, que corre o risco efetivo de continuar a fazer os seus planos na cadeia, a exemplo de outros chefes criminosos? Para ele, uma eventual vitória de Haddad serve como contraponto à decisão da Justiça; seria como uma absolvição. Dirceu está a confundir urna com tribunal. Por esse critério, qualquer bandido que fosse eleito estaria automaticamente absolvido.

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