
Sexta-feira
foi Gil Rugay que matou o próprio pai e a namorada dele - há nove anos (!!!).
“33 anos e 9 meses de cadeia”, disse o juiz. “Trata-se de um criminoso
dissimulado e perigoso”. E lá se foi o “condenado”, livre leve e solto, rindo,
de volta para o aconchego da sua casa, talvez para esperar outros 9 anos por um
novo julgamento...
Vinte
e quatro horas antes eram Cristian e Daniel Cravinhos, que em 2002 massacraram
com golpes de barras de ferro o casal Richthofen enquanto dormia a pedido da
própria filha deles, que saíam da prisão para desfrutar o “regime semi-aberto”,
por “bom comportamento”. (Tente explicar para qualquer estrangeiro que a
Justiça do seu país considera soltar tipos como estes “por bom comportamento”...)
Poucas
semanas antes, Sergio Costa Junior, policial que, junto com outros policiais,
trucidou com 21 tiros no rosto a juíza Patricia Acioly, foi
beneficiado com redução de pena “por colaborar com a justiça”...
O
jovem casal que assassinou na flor da idade Daniela Perez, filha
da autora da presente novela do horário nobre da Globo, com centenas
de tesouradas, anda por aí já há uns bons dois anos, solto por “bom
comportamento”.
Praticamente
toda semana os jornais noticiam mais uma barbaridade – assassinatos, estupros,
assaltos, sequestros – perpetrada por algum bandido preso e condenado, solto da
cadeia “por bom comportamento” para visitar os amigos e parentes.
Ninguém
neste país, por mais monstruoso que tenha sido o seu crime, cumpre a metade de
uma pena já leve demais para o peso do crime por tirar uma vida e destruir uma
família para sempre.
Se
for menor de idade então, nem que seja um serial killer ou um
estuprador de bebês, será chamado pelas autoridades apenas de “infrator” e pode,
na melhor das hipóteses ficar retido até fazer 21 anos, data em que sairá da
cadeia livre e com a ficha limpa.
Encerrei
a semana passada com o post sobre Mantega e Yoani Sanchez afirmando que o ponto
de ruptura que desloca o pensamento de esquerda para o campo ideo-lógico é a
negação do princípio do mérito, e que negar o princípio do mérito, ou a
relação de causa e efeito implica negar também as ideias de responsabilidade
individual e de livre arbítrio.
É
por isso que não há polícia que chegue; é por isso que o Brasil está a mercê
dos criminosos.
A
esquerda brasileira não reconhece a existência da covardia nem da maldade. A
mãe que mata o filho, o pai que estupra o bebê e daí para cima no vasto rol que
define o lado negro do ser humano, nada, nunca, é culpa do autor do crime. Até
o ódio de classe desaparece nessa hora. Rico ou pobre, é sempre “a iniquidade
da ordem social” que o levou a se transformar no monstro que é.
Daí
decorre que não é a principal, a única função da cadeia é “ressocializar”
o criminoso e devolvê-lo o quanto antes às ruas, e não, proteger dele o resto da
sociedade. Não há monstruosidade que não possa ser redimida e apagada (menos
para quem morreu; menos para quem teve seu ente querido morto) com um par de
anos de “bom comportamento” na prisão.
É
isso que a televisão mostra diariamente a todos os brasileiros desde que
nascem. Uma vida tirada para sempre, ainda que por nada e de forma torpe e
covarde, quando custa alguma coisa, custa um par de anos na cadeia entremeados
de indultos e outros benefícios.
E
se uma vida não vale nada, o que poderia valer alguma coisa?
Antes
de mudar isso, nada mais pode mudar no Brasil.
O
jovem casal que assassinou na flor da idade Daniela Perez, filha
da autora da presente novela do horário nobre da Globo, com centenas
de tesouradas, anda por aí já há uns bons dois anos, solto por “bom
comportamento”.
Praticamente
toda semana os jornais noticiam mais uma barbaridade – assassinatos, estupros,
assaltos, sequestros – perpetrada por algum bandido preso e condenado, solto da
cadeia “por bom comportamento” para visitar os amigos e parentes.
Ninguém
neste país, por mais monstruoso que tenha sido o seu crime, cumpre a metade de
uma pena já leve demais para o peso do crime por tirar uma vida e destruir uma
família para sempre.
Se
for menor de idade então, nem que seja um serial killer ou um
estuprador de bebês, será chamado pelas autoridades apenas de “infrator” e pode,
na melhor das hipóteses ficar retido até fazer 21 anos, data em que sairá da
cadeia livre e com a ficha limpa.
Encerrei
a semana passada com o post sobre Mantega e Yoani Sanchez afirmando que o ponto
de ruptura que desloca o pensamento de esquerda para o campo ideo-lógico é a
negação do princípio do mérito, e que negar o princípio do mérito, ou a
relação de causa e efeito implica negar também as ideias de responsabilidade
individual e de livre arbítrio.
É
por isso que não há polícia que chegue; é por isso que o Brasil está a mercê
dos criminosos.
A
esquerda brasileira não reconhece a existência da covardia nem da maldade. A
mãe que mata o filho, o pai que estupra o bebê e daí para cima no vasto rol que
define o lado negro do ser humano, nada, nunca, é culpa do autor do crime. Até
o ódio de classe desaparece nessa hora. Rico ou pobre, é sempre “a iniquidade
da ordem social” que o levou a se transformar no monstro que é.
Daí
decorre que não é a principal, a única função da cadeia é “ressocializar”
o criminoso e devolvê-lo o quanto antes às ruas, e não, proteger dele o resto da
sociedade. Não há monstruosidade que não possa ser redimida e apagada (menos
para quem morreu; menos para quem teve seu ente querido morto) com um par de
anos de “bom comportamento” na prisão.
É
isso que a televisão mostra diariamente a todos os brasileiros desde que
nascem. Uma vida tirada para sempre, ainda que por nada e de forma torpe e
covarde, quando custa alguma coisa, custa um par de anos na cadeia entremeados
de indultos e outros benefícios.
E
se uma vida não vale nada, o que poderia valer alguma coisa?
Antes
de mudar isso, nada mais pode mudar no Brasil.
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