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20 de mar. de 2010

Delúbio pagou seis mil reais


Delúbio Soares, conforme reportagem, foi convidado a ser padrinho da turma de formandos acima. E isso nos permite uma observação acerca da nossa realidade. Ou melhor, permite um pequeno mergulho abaixo da superfície, para começarmos a tatear, nas águas escuras da consciência, quem é esse tal de povo brasileiro.
Observem as faces dos formandos. O que há ali é a expressão da vitória de projetos pessoais, conquistada pela superação de obstáculos - que no caso consistiram em sucessivas, por vezes árduas avaliações de conhecimentos profissionais adquiridos.
O fato de existir a satisfação pessoal, por si só, implica obviamente na pré-existência da individualidade que se satisfez. Dito assim, parece uma idiotice, ao nosso senso comum ainda não saturado pela perspectiva coletivista. Mas comparem isso, por exemplo, com a expressão "A rua é da revolução!", vociferada pela reação cubana à manifestação das Damas de Branco, - mães, esposas e filhas dos prisioneiros políticos de Cuba.
Lá, a rua não é pública, e não há espaço para expressões não alinhadas com o poder dominante. Mas não foi esse o caso dessa formatura: não vejo ali subserviências e fanatismos. Aqui, ainda não há um poder capaz de exercer tamanha dominação, e há no povo um pragmatismo capaz de utilizar-se dos idiotas úteis para dar sustentação econômica a projetos privados; algo como tabelar com as canelas do adversário.
Tenho fé no time, e minha torcida é imensa.
( Mas não os deixem roubar a bola ! )

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